Há muitas interpretações falhas, obscuras e ininteligíveis acerca da divindade de Cristo, entretanto a palavra de Deus é clara, simples e transparente.
Percebe-se pelas escrituras que os seres celestiais possuem uma característica peculiar: a transfiguração. É uma propriedade intrínseca ao espírito que se caracteriza pela materialização e desmaterialização. As criaturas celestiais podem se transfigurar, isto é, aparecer em corpos celestes, passar para corpos terrestres, aparecer e desaparecer.
Deus, nosso Pai, Criador dos céus e da terra possui também essa propriedade. Ele é um Espírito perfeitíssimo que pode utilizar a transfiguração. Quando Ele se transfigura num corpo visível, é chamado, na Bíblia, de Filho de Deus ou Anjo do Senhor. Em Colossenses 1:15 está: “Ele (Jesus) é a imagem de Deus, o primogênito (filho) de toda a criação”.
Utilizando a transfiguração, Ele pôde ser gerado no seio da virgem Maria. Entrou em seu ventre pelo processo invisível e foi reconstituindo seu corpo gradativamente, passando por todas as fases fetais de uma gestação humana.
Ele assim o quis, para em tudo se identificar com a humanidade, passando pelos mesmos processos de: nascimento, crescimento, morte e ressurreição.
O nascimento de Jesus Cristo poderia ser comparado com a reconstrução de um edifício, utilizando o mesmo material anterior ao ser demolido.
O sangue de Cristo é o sangue de Deus. Nota-se assim que em Deus há uma só pessoa, um só ser. As palavras “Pai, Filho e Espírito Santo não representam três pessoas, mas três atributos de Deus. Pai: um título de Deus por ter sido o Criador de todas as coisas. Ele é o Pai de toda a criação; Filho: a titulação da transfiguração para a forma visível; Espírito Santo: a titulação de Deus na forma invisível, em seu estado original. Em Espírito, Jesus Cristo, após a ressurreição, atravessou paredes, entrou onde estavam os discípulos a portas fechadas. Ele ali adentrou na forma invisível, utilizou o processo de transfiguração e materializou-se, aparecendo no corpo ressuscitado, depois Ele desapareceu.
Algumas dificuldades de interpretação podem surgir quando aparece, nas escrituras, uma pluralidade de Deus, por exemplo: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. Deus assim falou devido à presença dos anjos, os quais testemunharam a criação. Na hora de criar os homens, foi um só quem operou. Observe o seguinte verso, está no singular: “E fez Deus o homem”.
Em muitas circunstâncias Cristo fala do Pai, ora ao Pai, rende seu Espírito ao Pai, diz que enviará o Espírito Santo como se o Pai fosse outro. Mas a interpretação dessa linguagem aparece em Filipenses 2:6-11. Ele assim se expressou pelo fato de assumir somente a posição humana (Filho), como se Ele não fosse o próprio Deus, pois estava exercendo o ministério da regeneração e em tudo precisava se identificar como homem.
Atos 8:56: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus”. Deus é Espírito, invisível em sua essência (lembre que a Bíblia diz: Ninguém jamais viu a Deus), não tem lado e nem mão. Estevão viu somente Jesus. A mão direita significa que Jesus estava no poder de Deus.
Apocalipse 5:7: “E veio o Cordeiro, Jesus, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono”. Essa foi uma visão simbólica e alegórica pelo fato de Jesus, na condição de Filho, haver cumprido as Escrituras. Ele mesmo cumpriu e apropriou-se da palavra que por Ele foi inspirada. Deus é Espírito e, Espírito não tem mão, foi uma visão alegórica e apocalíptica (revelação). O verbo se fez carne e habitou entre nós. O verbo é a palavra que estava em Jesus no Espírito, a qual foi registrada e cumprida, não só no Espírito, mas também em sua carne.
Mateus 28:18-19 “Ele próprio conquistou e se deu a honra dessa autoridade por haver exercido a salvação de uma forma tão espetacular e magistral”.
Cristo entregará o Reino ao Pai. Ele não vai passar o seu Reino para outra pessoa da divindade, mas essas palavras representam que o Ministério de Cristo, como Filho, está encerrado. Ele falou, salvou, redimiu, cumpriu. Seu nome? Jesus Cristo: esse é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
